Por Equipe VICE News
O
Estado Islâmico liberou fotos que supostamente mostram militantes jogando
homens gays do topo de um prédio em Mossul, Iraque.
Outras
fotos mostram homens supostamente acusados de roubo sendo crucificados em praça
pública.
A
montagem também inclui fotos de militantes apedrejando uma mulher até a morte.
As
imagens teriam sido tiradas de um vídeo do Estado Islâmico, que não está
incluído no site onde as fotos foram postadas. O site declara que
foi criado em 15 de janeiro por uma organização chamada "Centro de Mídia da Província
Ninawa" e ostenta o logo e a bandeira do Estado Islâmico.
O
primeiro still mostra uma multidão reunida numa praça num dia nublado. A imagem
foi feita do topo de um prédio que parece ter sete ou oito andares. A legenda
diz "Muçulmanos assistem à aplicação da lei".

A
próxima foto mostra um homem prestes a ser jogado do prédio por dois oficiais
do Estado Islâmico, aparentemente.

O
texto no pé da imagem se refere aos prisioneiros como "pessoas de Ló", se
referindo aos habitantes das cidades bíblicas
de Ló, Sodoma e Gomorra,
cuja população é punida por Deus no Velho Testamento por seus atos sexuais
divergentes.
Alguns
muçulmanos acreditam que Maomé disse que a homossexualidade deve ser punida com a
morte.
A
próxima foto é apavorante e mostra o homem em pleno ar, caindo do prédio, com
outro corpo no concreto abaixo dele.

A
próxima foto é de dois corpos na calçada em frente ao prédio, com uma poça de
sangue próxima.

A
foto seguinte mostra um oficial do Estado Islâmico lendo o que parece ser as
acusações contra aqueles que enfrentam a execução. Um cartaz pendurado no
prédio parece mostrar punições por desobedecer a lei.

Dois
homens vendados estão amarrados com os braços abertos na caçamba de um
caminhão. Um dos homens está com o dedo indicador levantado, um símbolo
frequentemente usado por combatentes do Estado Islâmico para indicar sua crença
em Deus.

Depois
os prisioneiros são mostrados numa praça pública. Combatentes mascarados do
Estado Islâmico atiram com pistolas automáticas nas cabeças dos homens, por
trás.

Um
dos executados parece estar usando botas de combate, o outro, sapatos. Os dois
têm barba em estilo conservador, sugerindo talvez que eram membros do Estado
Islâmico que se desviaram. Os dois homens jogados do prédio estavam descalços e
não pareciam ter barba.
A
próxima montagem parece vir de outro dia e local, mostrando uma mulher de
nicabe preto, ou cobertura completa islâmica, numa área arborizada ensolarada.
Um homem perto dela segura uma bandeira do Estado Islâmico, enquanto o que
parece ser um oficial do EI lê um papel. Uma fileira de pedras pode ser vista à
esquerda da imagem.

A
próxima foto parece ter sido tirada algum tempo depois, com o corpo já sem vida
da mulher encolhido em posição fetal entre pilhas de pedras e suas meias vermelhas
aparecendo por debaixo do nicabe sujo de terra. Um homem está em cima dela,
jogando a pedra final.

A
última foto mostra o corpo dela coberto com uma lona azul.

O
Estado Islâmico vem executado milhares de pessoas, incluindo jornalistas ocidentais, trabalhadores
humanitários, soldados iraquianos e sírios, e outros combatentes sírios de
oposição, muitos por
decapitação. O grupo busca impor sua interpretação puritana do Islã em áreas
sob seu controle, que incluem grandes partes da Síria e do Iraque. O grupo
continua a expandir seu território na Síria, mas seu avanço no Iraque foi
interrompido por ataques aéreos comandados pelos EUA.
A
divulgação dessas imagens coincide com a liberação de um novo vídeo pelo Estado Islâmico, onde combatentes, falando
em francês, ameaçam atacar a Europa e os EUA.
Um
dos homens pede que simpatizantes realizem ataques ao redor do mundo. "Façam o
que puderem. Matem, queimem os carros deles, queimem as casas deles", ele diz.
O
exército norte-americano disse na quinta-feira passada que 400 de suas tropas serão mobilizadas
para o Oriente Médio, para treinar forças de oposição "moderadas" sírias como
parte do esforço contra o Estado Islâmico.
Tradução:
Marina Schnoor
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